
Consumidor deve ter cuidado
ao contratar um planos de saúde
Contratar um plano de
saúde, mais que nunca, exige do consumidor atenção redobrada. Por incompetência
ou esperteza, muitas operadoras omitem detalhes fundamentais da relação de
consumo, principalmente em relação ao tipo de cobertura a que o associado tem
direito. Não é raro o representante da operadora oferecer o plano A, B ou C,
sem detalhar todas as vantagens e limitações de cada pacote.
É fundamental não ter
pressa para escolher. De preferência, peça todos os folhetos e manuais que o
plano dispõe, peça ao vendedor referências de outras pessoas que tenham aderido
ao plano e acesse o site para conferir se as promessas estão descritas na
Internet e salve uma cópia para a “posteridade”. Neste ponto, a Internet é uma
ferramenta muito útil para o consumidor. Digitando a empresa e o tipo de plano
que você pretende adquirir, é fácil localizar se existem grupos de discussão
elogiando ou reclamando do serviço.
Se você percorreu
esses passos, vale sempre a recomendação de olhar com olhos de águia o contrato,
mesmo que esteja em letras pequenas (o que, a propósito, é probido pelo Código
de Defesa do Consumidor). Indagar do vendedor que tipo de hospital, clínica e
médicos estão conveniados, se você será atendido em outras cidades caso
precise, se a hospitalização está incluída, em quarto particular ou enfermaria,
e, sobretudo, que tipos de procedimentos de saúde estão previstos e se existe
algum tipo de carência.
Suspensão
A propósito, esta
semana (20/8) a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), que faz o
acompanhamento da garantia dos prazos máximos de atendimento para consultas,
exames e cirurgias, anunciou que 21 operadoras tiveram 212 planos suspensos. A
medida protege 4,7 milhões de consumidores, beneficiários desses planos de
saúde, o que equivale a 9,7% do total de beneficiários em planos de assistência
médica no Brasil.
Desde 2012, a ANS já
suspendeu a comercialização de 618 planos de saúde de 73 operadoras por
descumprimento dos prazos máximos.
A justiça determinou
que a agência revisse os métodos utilizados para determinar a suspensão, e o
processo ainda pode ter novo rumo.