L.C.A CINEMA 2

 
 
Das chanchadas às comédias do Século 21
Desde as primeiras produções da Cinédia e da Atlântida, a comédia sempre esteve presente nos roteiros dos filmes brasileiros, enquanto dramas e filmes históricos não colhiam bons resultados nas bilheterias, com honrosas exceções. Mesmo com uma linguagem praticamente teatral e com atuações baseadas no sucesso do rádio, Oscarito, Grande Otelo, Cyll Farney, Mesquitinha, Zé Trindade, Ankito, Eliana, Walter D'Ávila, Jayme Costa e Dercy Gonçalves, entre outros, integravam com frequência os elencos das chanchadas brasileiras. O gênero, em que predomina o humor ingênuo, burlesco, de caráter popular, fez enorme sucesso de bilheteria entre as décadas de 1930 e 1960. Alguns destaques: Alô, Alô, Carnaval (1936), Tristezas Não Pagam Dívidas (1943), Este Mundo É Um Pandeiro, (1947), Carnaval no Fogo (1949), Aviso aos Navegantes (1950), Dupla do Barulho (1953), Nem Sansão nem Dalila (1954), Cala a Boca, Etelvina, (1958), O Homem do Sputnik (1959), Pistoleiro Bossa Nova (1959) e A Viúva Valentina (1960).

Muitos críticos atribuem o sucesso de público das chanchadas, que lotavam os cinemas a cada lançamento, à própria carreira bem-sucedida do rádio. A promessa de conferir a imagem de seu ídolo, do qual apenas se conhecia a voz, era um apelo de marketing irresistível. Outros especialistas acrescentam que a televisão, cuja primeira transmissão aconteceu em São Paulo, em 1950, não chegou nessa época a competir com o rádio – pelos menos em sua primeira década –, muito menos com o cinema, mantendo as chanchadas nacionais em destaque e com bom desempenho de bilheteria.

Foram bons tempos para o gênero comédia. Mas, ao que tudo indica, o início do Século 21 também chega à telona cheio de produções cômicas. Nos primeiros cinco anos, a partir da virada do século, a comédia ressurgiu timidamente na lista das produções, competindo com dramas (Carandiru, 2005, e Olga, 2004) e cinebiogafias do quilate de Cazuza: O Tempo Não Para (2004) e Dois Filhos de Francisco (2005). O destaque nesse período foi para Se Eu Fosse Você, com Tony Ramos e Gloria Pires, e, mais recentemente, De Pernas Pro Ar, que registrou 3 milhões de pagantes. Se 2012 foi um bom ano para as comédias brasileiras (Até que a sorte nos separe, com Leandro Hassum, E aí… comeu?, com Bruno Mazzeo, e Totalmente inocentes, com Fábio Porchat, só para citar três exemplos), pelo andar da carruagem, 2013 também promete boa safra de produções do gênero, com sinais claros de lucros razoáveis para os investidores. 

Entre as produções que já estrearam e as boas promessas cômicas até dezembro, estão Vai que Dá Certo, de Mauricio Farias, Giovanni Improtta, de José Wilker, Odeio o Dia dos Namorados, de Roberto Santucci, Minha Mãe é uma Peça - O Filme, de André Pellenz, Mato sem cachorro, de Pedro Amorim, O concurso, de Pedro Vasconcelos, Vendo ou Alugo, de Betse de Paula, Se puder... dirija!, de Paulo Fontenelle, Casa da mãe Joana 2, de Hugo Carvana, Meus dois amores, de Luiz Henrique Rios, Meu Passado me Condena, de Julia Rezende, O casamento de Gorete, de Paulo Vespúcio, e Até que a Sorte nos Separe 2, de Roberto Santucci.
Um estudo da Universidade de Oxford, na Inglaterra, comprova que dar uma boa risada pode reduzir a sensação de dor no organismo e tem efeito direto nas relações sociais.  A pesquisa, publicada no periódico Proceedings of the Royal Society, garante que a ação analgésica da gargalhada ocorre pela liberação de endorfina no organismo.
Portanto, além de ser um bom remédio, o riso prometido pelas comédias brasileiras pode ser também ser um bom negócio para investidores e para a cultura nacional.

Veja o trailer de Vendo ou Alugo, que está em cartaz, com excelente desempenho de bilheteria.



Fontes:
You Tube
Redoma Digital
 


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Todas os comentários passam por moderação e serão encaminhados aos seus destinatários.